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sexta-feira, 13 de agosto de 2010


O peixe é um produto muito sensível às alterações, tanto enzimáticas como microbianas, ou seja, é um produto que se deteriora facilmente o que implica que deve chegar ao consumidor tão rapidamente quanto possível. O peixe é um pilar importante na dieta mediterrânica e a sua importância nutricional não se cinge ao teor proteico, o peixe é também uma importante fonte de vitaminas, minerais e determinados ácidos gordos, como os ácidos gordos ómega 3 e 6


Quando nos deslocamos ao mercado, à peixaria ou a uma grande superfície para comprar peixe, é essencial conhecermos as características macroscópicas que indicam se um peixe é fresco ou não, só assim podemos assegurar que estamos a adquirir um produto com qualidade.


Quais os critérios para identificar um peixe fresco?


i) Cheiro: deve ser agradável, muitas vezes descrito como cheiro a maresia.


ii) Aspecto exterior: deve ser limpo, brilhante, pele húmida e rija (se as camas se retirarem facilmente é um sinal que o peixe está alterado).


iii) Olhosdevem ser limpos, húmidos, brilhantes, córnea transparente e a pupila negra e convexa. 


iv) Guelras: devem ser vermelhas, brilhantes e sem muco.


v) Carne: deve ser firme (pode testar pressionando com os dedos, se deixar marca é sinal que o peixe está alterado) e bem presa às espinhas.


vi) Vísceras: não devem ter mau cheiro nem mucosidade e não devem estar unidades entre si. 





Espero que isto vos ajude na hora de escolher o peixe. Qualquer dúvida ou sugestão não hesitem em comentar.
sábado, 7 de agosto de 2010

Diabetes mellitus é um distúrbio metabólico do pâncreas que afecta a forma como o corpo usa os alimentos para produzir energia. Numa situação fisiológica, os hidratos de carbono provenientes da alimentação são metabolizados em glicose que, seguidamente, é lançada na corrente sanguínea. A glicose é um composto muito importante uma vez que é utilizada como fonte de energia pelas células e é a única fonte de energia utilizada pelo cérebro. Para que as células possam absorver a glicose presente na corrente sanguínea é necessária a presença da insulina sem a qual este processo não ocorre. A ausência ou carência de insulina causa um aumento da concentração de glicose no sangue. A insulina é produzida pelo pâncreas que numa situação fisiológica, em resposta ao aumento de glicose no sangue (após as refeições), liberta insulina para corrente sanguínea.

A organização mundialmente de saúde estima que, actualmente, 240 milhões de pessoas sejam diabéticas e alerta ainda para a existência de inúmeros casos sem diagnóstico. Infelizmente ainda não existe cura para a Diabetes, contudo, os avanços da ciência e tecnologia permitiram que esta seja uma doença relativamente fácil de controlar.

A diabetes é caracterizada pela hiperglicémia (alta concentração de glicose no sangue) persistente e o diagnostico é confirmado se for verificado uma concentração de glicose de 126mg/dl em jejum ou 200mg/dl em qualquer altura do dia.

Os factores de rico da diabetes são:
- idade igual ou superior a 45 anos
- sedentarismo
- triglicéridos elevados
- hipertensão
- doença coronária
- história familiar

 
Existem três tipos de diabetes mellitus mais comuns:

 
i) Tipo I
 
Ocorre quando a maioria das células produtoras de insulina (células beta) do pâncreas foram destruídas. Como não ocorre a produção de insulina a concentração de glicose no sangue aumenta sem que esta possa entrar nas células para ser usada como fonte de energia. Não é possível prevenir este tipo de diabetes uma vez ocorre devido a uma disfunção auto-imune (o sistema imunitário ataca as célula produtoras de insulina do pâncreas).
Os indivíduos com diagnóstico de diabetes mellitus tipos I devem receber doses diárias de insulina e devem seguir com rigor um regime alimentar, ou seja, devem evitar hidratos de carbono de absorção rápida (sumos, bolos, doces) e devem ingerir sobretudo hidratos de carbono de absorção lenta (pão, arroz, massa). Para viver com qualidade com a diabetes tipo I é necessário equilibrar três factores essenciais: exercício físico, insulina e alimentação.



ii) Tipo II

A diabetes mellitus tipo II é a forma mais prevalente da diabetes. Apesar do pâncreas produzir alguma insulina (menos que numa situação normal), os receptores celulares da insulina estão menos susceptíveis à presença da mesma o que dificulta a entrada de glicose nas células. Isto ocorre devido a uma produção de insulina aumentada ao longo dos anos, devido a uma alimentação desequilibrada, o que culmina com a exaustão das células produtoras de insulina do pâncreas.
A diabetes tipo II pode ser prevenida adoptando um estilo de vida saudável. Os factores de risco para a diabetes tipo II são: história familiar, níveis altos de colesterol, hipertensão e obesidade.


iii) Gestacional

Este tipo de diabetes é semelhante ao Tipo II  contudo é geralmente temporária. A diabetes gestacional ocorre apenas durante a gestação e pode melhorar ou mesmo desaparecer após o nascimento do bebé. É um distúrbio perfeitamente controlável, contudo, se não houver acompanhamento médico pode causar graves danos ao feto.


Se tiverem alguma questão adicional não hesitem em deixar um comentário, tentarei responder o melhor possível.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010


Uma alimentação saudável requer variedade e as quantidades indicadas de cada nutriente sem excesso de um nem défice de outro.  Como podemos verificar na imagem abaixo, a pirâmide alimentar, há uma hierarquia, ou seja, há alimentos mais importantes que outros.



Os nutrientes estão divididos em macronutrientes (hidratos de carbono, proteínas e lípidos) e micronutrientes (vitaminas, minerais, água e fibras). Na tabela seguinte pode consultar a contribuição calórica dos macronutrientes (os micronutrientes não fornecem energia) e as principais fontes dos mesmos:

Nutrientes Principal Função

Kcal por 1g de alimento
Fontes do nutriente

Hidratos de Carbono
(glícidos)
Estrutural, Energética 4 Kcal Pão, açúcar, arroz, massa

Lípidos Reserva Energética 9 Kcal manteiga, margarina, azeite, óleo de girassol
Proteínas Plástica, Enzimática, hormonal 4 Kcal Carne, peixe, lacticínios, feijão, soja,
Vitaminas Reguladora - Frutas e hortícolas
Minerais Reguladora - Água, leite, fruta, leguminosas e hortícolas


Para alcançar uma alimentação saudável há certos requisitos que devem ser cumpridos, um deles é a recomendação diária de cada nutriente. Um adulto saudável (excepto grávidas e lactantes) deve seguir as recomendações diárias apresentadas na tabela abaixo:



Nutriente Recomendação diária
Hidratos de Carbono  
(glícidos)


Hidratos de carbono simples (Açúcar): 10%  


Hidratos de carbono complexos: 45%






Total: 55%
Lípidos

Gorduras saturadas (manteiga): 7 - 8%


Gorduras insaturadas (azeite):22 - 26%


Colesterol: 300mg






Total: 25 - 35%
Proteínas

0,8g por Kg de peso de indivíduo


Vamos passar a um caso prático para sistematizar. O António é um adulto com 65Kg que consome diariamente, aproximadamente, 2500 Kcal.
Vejamos como seria uma alimentação saudável no caso específico do António:



i) Hidratos de carbono


O consumo de hidratos de carbono deve ser 55% do consumo energético total. Ou seja, o António deveria consumir aproximadamente 1375 Kcal o que equivale a 343,8g de hidratos de carbono (atenção que estes 343,8g não equivale ao peso do alimento uma vez que nenhum alimento é constituído exclusivamente por um nutriente). 
O consumo de açúcar (hidratos de carbono simples) permitido é de 10% do consumo energético total. Ou seja, o António deveria consumir aproximadamente 250Kcal o que equivale a 62g de açúcar. 


ii) Lípidos

O consumo de lípidos deve ser 25 - 35% do consumo energético total. Ou seja,  o António deveria consumir aproximadamente 875 Kcal o que equivale a 97,2g de gorduras permitidas na sua alimentação.



iii) Proteínas


O consumo de preteínas deve ser de 0,8g por Kg de peso de indivíduo. Ou seja, o António que pesa 65Kg deveria consumir 52g de proteínas por dia o que equivale a 208 Kcal.




Aqui ficam as guidelines mais importantes para uma dieta de manutenção (ou seja, uma dieta para um adulto saudável que não pretende nem diminuir nem aumentar o seu peso).


Para determinar o seu consumo energético diário ideal de acordo com a sua alimentação, constituição corporal, estilo de vida e objectivos deve consultar um nutricionista.

terça-feira, 3 de agosto de 2010


De acordo com a OMS, a obesidade traduz-se num excesso de gordura acumulada que ocorre quando a energia ingerida através dos alimentos é superior à energia despendida (balanço energético positivos). A obesidade é uma doença que constitui um importante factor de risco para o aparecimento, desenvolvimento e agravamento de outras doenças.

O processo mais utilizado para determinar o excesso de peso é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Este cálculo baseia-se na relação entre a altura e o peso da seguinte forma: IMC = Peso (Kg) /Altura^2 (m). Um indivíduo com IMC igual ou superior a 25 é considerado em excesso de peso e um indivíduo com IMC igual ou superior a 30 é considerado obeso. A medida do perímetro abdominal é também uma informação importante, um indivíduo obeso tem geralmente um perímetro abdominal de 102 cm para os homens e 88 cm para as mulheres. 

Calcule o seu IMC em: http://www.danone.pt/cdii/testes/calculadora.aspx e verifique o seu grau de risco na tabela abaixo apresentada:

IMC  Grau de Risco Tipo de obesidade
18 a 24,9  Peso ideal Ausente
25 a 29,9  Moderado Pré-Obesidade
30 a 34,9  Alto  Obesidade Grau I
35 a 39,9 Muito Alto Obesidade Grau II
40 ou mais Extremo  Obesidade Grau III ("Mórbida")


Como foi dito anteriormente podemos chegar a uma situação de obesidade quando consumimos mais calorias do que aquelas que podemos gastar. No passado pensava-se que a obesidade era simplesmente causada pelo excesso de ingestão de alimentos e a falta de exercício físico acoplada. Hoje sabemos que os factores que determinam a obesidade são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental, sendo que alguns são passíveis de modificação: vida sedentária, dieta desequilibrada e falta de informação.
Quando olhamos para um indivíduo obeso é importante ter em atenção a multiplicidade de factores que podem estar por de trás da sua doença. Em termos endócrinos (origem metabólica), por exemplo, pode haver uma alteração da função tiroideia, como no Hipotiroidismo. Outro exemplo é hipercortisolismo, ou doença de Cushing (níveis elevados de cortisol no sangue), em que a obesidade tem determinados padrões específicos. Outro exemplo é o de um obeso que está constantemente alimentar-se por necessidade, caso contrário faz hipoglicémias (baixa concentração de açúcar no sangue) devido a uma produção descontrolada de insulina. Estes são apenas alguns exemplos, entre tantos outros, de causas endócrinas da obesidade para ilustrar a complexidade dos factores que levam a esta doença.

A obesidade começa por ser uma doença do corpo e acaba por depois ter graves repercussões ao nível psicológico o que dificulta tremendamente o seu tratamento. O indivíduo obeso olha-se ao espelho e não gosta da imagem que vê, assim a baixa auto-estima torna-se um obstáculo no seu tratamento. 

Apesar da herança genética de cada um poder contribuir para a obesidade, estudos demonstram que este não é o factor mais comum. De facto, as causas com mais influência no aparecimento e prevalência de obesidade, neste momento, são as causas ambientais e comportamentais. Assim, apesar de existirem inúmeros factores condicionantes que podem levar à obesidade, o consumo excessivo de calorias e os hábitos sedentários a longo prazo levam, em muitos casos, à obesidade.

A obesidade pode levar ao aparecimento de outras patologias como:
- Distúrbios respiratórios
- Predisposição para alguns tipos de cancro (ex: próstata, mama, útero, intestino)
- Doenças cardíacas
- Diabetes tipo II
- Altos níveis de colesterol
- Insuficiência renal
- Hipertensão
- Arteriosclerose
- Depressão


Os últimos estudos realizados nesta área revelam uma realidade preocupante. Pelos menos um em três adultos tem excesso de peso e pelo menos um em cada dez adultos é obeso. Como já vimos as causas mais comuns de obesidade são factores comportamentais e ambientais, logo, muitos destes casos de obesidade poderiam ter sido evitados. A tendência está lançada e chegou a hora de remarmos contra a corrente. O mundo avançou e tornou-nos comodistas e preguiçosos, é na Wii que praticamos toda a actividade física (não me interpretem mal, gosto bastante da Wii, mas tenho para mim que jogar ténis sentado no sofá não conta como exercício físico) e usamos as pulseiras da moda para nos dar mais energia e equilíbrio. Hoje em dia procuramos a saída mais fácil, o que der menos trabalho e retire menos tempo aos nossos horários caóticos. Se em vez de usarmos o elevador subirmos as escadas, se em vez de jogarmos Wii sentados no sofá nos levantarmos e mexermos as pernas, com estes pequenos gestos começamos a lutar contra o excesso de peso. 

Se comermos melhor e formos mais activos podemos evitar todos estes problemas. O mundo está gordo e está nas nossas mãos educar a próxima geração com vista a uma vida saudável.


TVI 24 - Obesidade 23 de Maio 2009, Dia de LUTO Nacional

segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Olá a todos!

Em primeiro lugar quero agradecer a todos os futuros seguidores do blog SOS Nutrição.

Este blog será um espaço dedicado a questões relacionadas com a nutrição, saúde e bem-estar.

Hipócrates, o pai da medicina, disse há 2500 anos: "Que o vosso alimento seja o vosso primeiro medicamento". Ou seja, uma alimentação saudável é meio caminho para uma vida saudável.

Espero que este blog seja útil para todos.

Leiam, comentem, questionem e deixem sugestões para novos temas. Espero que possamos partilhar dicas e conhecimentos para que todos possamos viver de forma saudável.





FFS