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terça-feira, 3 de agosto de 2010


De acordo com a OMS, a obesidade traduz-se num excesso de gordura acumulada que ocorre quando a energia ingerida através dos alimentos é superior à energia despendida (balanço energético positivos). A obesidade é uma doença que constitui um importante factor de risco para o aparecimento, desenvolvimento e agravamento de outras doenças.

O processo mais utilizado para determinar o excesso de peso é o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Este cálculo baseia-se na relação entre a altura e o peso da seguinte forma: IMC = Peso (Kg) /Altura^2 (m). Um indivíduo com IMC igual ou superior a 25 é considerado em excesso de peso e um indivíduo com IMC igual ou superior a 30 é considerado obeso. A medida do perímetro abdominal é também uma informação importante, um indivíduo obeso tem geralmente um perímetro abdominal de 102 cm para os homens e 88 cm para as mulheres. 

Calcule o seu IMC em: http://www.danone.pt/cdii/testes/calculadora.aspx e verifique o seu grau de risco na tabela abaixo apresentada:

IMC  Grau de Risco Tipo de obesidade
18 a 24,9  Peso ideal Ausente
25 a 29,9  Moderado Pré-Obesidade
30 a 34,9  Alto  Obesidade Grau I
35 a 39,9 Muito Alto Obesidade Grau II
40 ou mais Extremo  Obesidade Grau III ("Mórbida")


Como foi dito anteriormente podemos chegar a uma situação de obesidade quando consumimos mais calorias do que aquelas que podemos gastar. No passado pensava-se que a obesidade era simplesmente causada pelo excesso de ingestão de alimentos e a falta de exercício físico acoplada. Hoje sabemos que os factores que determinam a obesidade são complexos e podem ter origem genética, metabólica, ambiental e comportamental, sendo que alguns são passíveis de modificação: vida sedentária, dieta desequilibrada e falta de informação.
Quando olhamos para um indivíduo obeso é importante ter em atenção a multiplicidade de factores que podem estar por de trás da sua doença. Em termos endócrinos (origem metabólica), por exemplo, pode haver uma alteração da função tiroideia, como no Hipotiroidismo. Outro exemplo é hipercortisolismo, ou doença de Cushing (níveis elevados de cortisol no sangue), em que a obesidade tem determinados padrões específicos. Outro exemplo é o de um obeso que está constantemente alimentar-se por necessidade, caso contrário faz hipoglicémias (baixa concentração de açúcar no sangue) devido a uma produção descontrolada de insulina. Estes são apenas alguns exemplos, entre tantos outros, de causas endócrinas da obesidade para ilustrar a complexidade dos factores que levam a esta doença.

A obesidade começa por ser uma doença do corpo e acaba por depois ter graves repercussões ao nível psicológico o que dificulta tremendamente o seu tratamento. O indivíduo obeso olha-se ao espelho e não gosta da imagem que vê, assim a baixa auto-estima torna-se um obstáculo no seu tratamento. 

Apesar da herança genética de cada um poder contribuir para a obesidade, estudos demonstram que este não é o factor mais comum. De facto, as causas com mais influência no aparecimento e prevalência de obesidade, neste momento, são as causas ambientais e comportamentais. Assim, apesar de existirem inúmeros factores condicionantes que podem levar à obesidade, o consumo excessivo de calorias e os hábitos sedentários a longo prazo levam, em muitos casos, à obesidade.

A obesidade pode levar ao aparecimento de outras patologias como:
- Distúrbios respiratórios
- Predisposição para alguns tipos de cancro (ex: próstata, mama, útero, intestino)
- Doenças cardíacas
- Diabetes tipo II
- Altos níveis de colesterol
- Insuficiência renal
- Hipertensão
- Arteriosclerose
- Depressão


Os últimos estudos realizados nesta área revelam uma realidade preocupante. Pelos menos um em três adultos tem excesso de peso e pelo menos um em cada dez adultos é obeso. Como já vimos as causas mais comuns de obesidade são factores comportamentais e ambientais, logo, muitos destes casos de obesidade poderiam ter sido evitados. A tendência está lançada e chegou a hora de remarmos contra a corrente. O mundo avançou e tornou-nos comodistas e preguiçosos, é na Wii que praticamos toda a actividade física (não me interpretem mal, gosto bastante da Wii, mas tenho para mim que jogar ténis sentado no sofá não conta como exercício físico) e usamos as pulseiras da moda para nos dar mais energia e equilíbrio. Hoje em dia procuramos a saída mais fácil, o que der menos trabalho e retire menos tempo aos nossos horários caóticos. Se em vez de usarmos o elevador subirmos as escadas, se em vez de jogarmos Wii sentados no sofá nos levantarmos e mexermos as pernas, com estes pequenos gestos começamos a lutar contra o excesso de peso. 

Se comermos melhor e formos mais activos podemos evitar todos estes problemas. O mundo está gordo e está nas nossas mãos educar a próxima geração com vista a uma vida saudável.


TVI 24 - Obesidade 23 de Maio 2009, Dia de LUTO Nacional

3 comentários:

Anónimo disse...

Tenho cerca de 6kg a mais em relação à minha altura mas sinto-me bem, muito bem.
Sou bastante largo de ombros porque sempre fiz desporto.
Será que devo tentar perder peso?
Devo procurar um nutricionista?
FFS dá consultas?

Cumprimentos
Belmiro

Anónimo disse...

Lindo! adorei o artigo. Continua.

Anónimo disse...

ótimo.

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